Tipo: Conferência online
Prelecionista: Pedro Marques - Professor de Literatura Brasileira (UNIFESP). Mestre e Doutor em Teoria e História Literária (UNICAMP). Pós-doutor em Culturas e Identidades Brasileiras (USP). Trabalha com estudo, crítica, composição e apreciação de poesia literária, cantada e oralizada. Editor de revistas e dos sites Poesia à Mão e Crítica Companhia. Membro do Grupo Investigações do Poético (CNPq) e do GT Teoria do Texto Poético (ANPOLL). Livros: Cena Absurdo (poesia, 2016), Encurralada (poesia, 2020), Assbook (poesia, 2022).
Carga Horária: 2
Local: Google Meet - LINK: meet.google.com/eys-hucd-bxs
Vagas Totais: 95
Participantes Inscritos: 51
Vagas Disponíveis: 44
Resumo: Em 2023, em comemoração aos duzentos anos do nascimento de Gonçalves Dias, fui convidado por Wilton Marques (UFSCar) e Andréa Sirihal Werkema (UERJ) para participar do volume A ideia com a paixão: Gonçalves Dias pela crítica contemporânea. Era uma sorte poder me dedicar ao grande re-inventor da versificação lusa, grande impulsionador do nacionalismo brasileiro. A encomenda exigia me dedicar à camada sonora tão perceptível nessa poesia. Assim é que verifiquei como a noção de canto, escolhida pelo autor para nomear seus três volumes de versos - Primeiros Cantos (1846), Segundos Cantos (1848) e Últimos Cantos (1851) –, opera em vários níveis, do mais básico que é entender o poeta, por metáfora, como cantor, passando pela poesia como encantamento rítmico-imagético a tocar nossas paixões, até a ideia mais ampliada da poesia admitida, dentro de um projeto político-cultural de nação, como condensadora da voz de um povo.