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Esta página exibe os dados de um Projeto de Extensão.

Índice:

Informações de RegistroDados Gerais do Projeto de ExtensãoDados de Renovação do Projeto
Dados do Coordenador do ProjetoSituação do ProjetoHistórico de Coordenação
Histórico de Avaliações
Informações de Registro

Número de Registro: 50/2025

Dados Gerais do Projeto de Extensão

Título: Medicina Veterinária Integrativa para Animais Resgatados e Mantidos no Parque Francisco de Assis

Programa de Extensão: (indefinido)

Resumo da Proposta: O projeto visa implementar práticas de medicina veterinária integrativa no Parque Francisco de Assis, canil situado em Lavras, por meio de uma parceria entre o núcleo de estudos Harmos da UFLA e o Parque. As ações incluem a aplicação de técnicas integrativas como fisioterapia, acupuntura, laserterapia, magnetoterapia, fitoterapia, ozonioterapia e outras abordagens terapêuticas integrativas para o tratamento de animais resgatados da rua. A proposta busca melhorar a qualidade de vida dos animais, acelerar a recuperação e aumentar as chances de adoção, ao mesmo tempo em que oferece uma experiência prática enriquecedora para os alunos da UFLA, promovendo a aplicação de conhecimentos da medicina veterinária integrativa em um contexto real.

Área Temática: Saúde

Instituições Parceiras: Parque Francisco de Assis

Número Estimado de Participantes: 20

Locais de Realização: Laboratório de Fisiologia e Farmacologia do DMV-FZMV da UFLA e Parque Francisco de Assis-Lavras-MG

Data de Início: 01/05/2025

Data de Término: 30/04/2028

Justificativa: O canil desempenha um papel crucial na saúde pública local, resgatando animais em situação de rua e oferecendo cuidados médicos essenciais. Contudo, a falta de recursos e de mão de obra especializada limita o alcance de tratamentos integrativos que poderiam beneficiar ainda mais os animais resgatados. O projeto propõe o uso de práticas de medicina veterinária integrativa para complementar o importante trabalho realizado no parque. Com isso, além de melhorar o bem-estar dos animais, o projeto oferece uma oportunidade de aprendizado para os alunos da UFLA, reforçando a importância da interdisciplinaridade entre os cursos e contribuindo para a formação de futuros profissionais comprometidos com a saúde animal e com responsabilidade social.

Caracterização dos Beneficiários: Os principais beneficiários são os animais resgatados, que residem no Parque, pois terão acesso a tratamentos especializados que visam melhorar sua saúde e bem-estar. Além disso, os alunos de medicina veterinária da UFLA se beneficiarão diretamente da experiência prática, participando de intervenções terapêuticas e aprimorando suas competências em medicina veterinária integrativa. A comunidade local também será beneficiada, pois o projeto contribui para a saúde pública ao melhorar as condições de vida da população de animais recolhidos da rua, reduzindo o número de animais nessa situação. A pesquisa na UFLA, por sua vez, se beneficia ao promover a coleta de dados para registros bibliográficos com os casos trabalhados no parque, ampliando o conhecimento acadêmico sobre as práticas de medicina veterinária integrativa e contribuindo para o avanço das pesquisas na área.

Objetivos:

Objetivo Geral:
Implementar e expandir as práticas de medicina veterinária integrativa no canil do Parque São Francisco de Assis com foco no tratamento de cães resgatados.
Objetivos Específicos:
1.Aplicar terapias integrativas (fisioterapia, acupuntura, fitoterapia, laserterapia, magnetoterapia e ozonioterapia) nos animais do canil.
2.Promover a recuperação de condições físicas debilitantes, aumentando a chance de adoção dos animais.
3.Desenvolver ações de controle de parasitas e doenças de pele, por meio de tratamentos fitoterápicos e óleos essenciais.
4.Tratar malassezia com óleo ozoneizado, monitorando a melhoria dos animais com exame histológico e fotografias.
5.Monitorar e controlar a presença de moscas e outros insetos, utilizando armadilhas biológicas em parceria com o setor de entomologia da UFLA.
6.Gerar conhecimento científico por meio da pesquisa aplicada e produção de artigos acadêmicos, com base nos resultados observados no tratamento dos animais.

Metas:

1.Tratar os animais com debilidades físicas com terapias de fisioterapia, acupuntura e fitoterapia, laserterapia, magnetoterapia e ozonioterapia
2.Realizar o controle de malassezia em 80% dos cães que apresentarem esse problema, utilizando óleo ozonizado.
3.Colocar armadilhas biológicas para controle de moscas e monitorar a eficácia das intervenções.
4.Realizar registros bibliográficos resultantes das práticas integrativas realizadas no parque.
5.Engajar 20 alunos da UFLA na implementação do projeto, garantindo a participação ativa de estudantes da graduação e pós-graduação.

Fundamentação Teórica:

A Medicina Integrativa é a prática médica que busca uma visão completa e integral do paciente, fazendo uma análise como um todo, levando em consideração aspectos físicos, emocionais e a comunicação entre os sistemas orgânicos. É sempre baseada em evidências científicas e acredita na interdisciplinaridade, reunindo profissionais de diversas formações como melhor forma de assistência ao paciente (Cadima et al 2022, Sousa et al., 2018). Dentre as técnicas da Medicina Veterinária mais utilizadas destacam-se as seguintes:
A cinesioterapia é um modalidade fisioterápica que utiliza exercícios físicos de forma terapêutica para atingir objetivos como melhora na deambulação, equilíbrio, coordenação motora, amplitude de movimento e nível de consciência. Inicialmente, o fisiatra pode lançar mão dos exercícios assistidos, devido ao fato de o animal ainda estar muito debilitado para permanecer em estação e suportar o próprio peso. O objetivo nessa fase da reabilitação é o retorno da função muscular e sua reeducação, suporte postural e melhora proprioceptiva (Lopes e Diniz, 2018).
A laserterapia, também chamada de fotobiomodulação, se refere a aplicação de laser de baixa intensidade com objetivo terapêutico. Ela consiste na emissão de radiação na forma de um fluxo de fótons, que leva a alterações fisiológicas e bioquímicas no tecido alvo, gerando alivio da dor, redução da inflamação, cicatrização de feridas e regeneração tecidual (Vituri e Henrique, 2019).
A eletroterapia é a aplicação de um estímulo elétrico para gerar respostas fisiológicas, que vão depender do tipo de corrente e parâmetros utilizados. Trata-se de uma terapia que possui diferentes aplicações, como manejo da dor, disfunção neuromuscular, melhora da mobilidade articular, promoção do reparo tecidual, auxílio na drenagem de edema, e prevenção de atrofias musculares por desuso (Vituri e Henrique, 2019).
A magnetoterapia consiste no uso terapêutico de campos magnéticos, onde se aplica um campo magnético pulsátil produzido por uma corrente elétrica que passa por uma bobina solenoide (Agne, 2013; Vituri e Henrique, 2019). A magnetoterapia é indicada para casos de artrite, artrose, pseudoartrose, consolidação óssea, retardos de consolidação, osteoporose, contraturas musculares, miosites, tendinites, neuralgias e aceleração na cicatrização de feridas. Não há contraindicações, mas sim situações em que se deve tomar precauções, como com portadores de marcapasso, gestantes, doenças micóticas, hipotensão, hemorragias ou feridas hemorrágicas (Lopes e Diniz, 2018; Vituri e Henrique, 2019).
A acupuntura envolve a inserção de agulhas em pontos precisamente definidos na pele, chamados acupontos, ligados aos meridianos. Embora originária da medicina oriental e muitas vezes descrita como um tratamento holístico, hoje há diversas evidências científicas de sua funcionalidade. A acupuntura atua na modulação do sistema imune através de uma complexa cascata de eventos neuroquímicos e neuroimunológicos. A estimulação dos pontos de acupuntura desencadeia a liberação de neurotransmissores, como serotonina, dopamina e noradrenalina, que modulam a atividade de células imunes. Essa modulação pode levar à ativação do sistema imune inato, ao aumento da produção de citocinas anti-inflamatórias e à redução da inflamação sistêmicas (Resende et al., 2021).
É de extrema importância que novas formas de tratamento sejam pesquisadas, como por exemplo, a fitoterapia, que consiste na utilização de plantas que possuem metabólitos especiais, capazes de prevenir, curar ou tratar doenças, conhecimento alicerçado na utilização popular há milhares de anos. A partir destas plantas, chamadas medicinais, é possível obter derivados vegetais, dentre eles está o extrato, formado por substâncias extraídas da planta por meio de solventes apropriados (ANVISA, 2022).
A ozonioterapia é uma terapia de fácil e diversificada aplicação e possui um efeito polivalente. A partir do oxigênio puro, o ozônio terapêutico é produzido através de um gerador de ozônio em que há o ajuste das doses desejadas de acordo com cada tipo de aplicação. As vias de aplicação são interessantes para medicina veterinária por serem rápidas e versáteis. As mais utilizadas na prática são: tópica, subcutânea, intramuscular, intraretal, periarticular, ou em pontos específicos de acupuntura. O ozônio tem uma forte ação antimicrobiana, o que possibilita tratar feridas infectadas por microorganismos resistentes a antibióticos, sendo um recurso terapêutico para doenças infecciosas (Bocci, 2011). Esse tipo de tratamento é indicado também em doenças degenerativas, neuropáticas e ortopédicas já que o ozônio acelera a reparação tecidual ao interagir com diferentes componentes celulares o que gera processos oxidativos agudos que são sinalizadores para ativação de mecanismos antioxidantes e leucocitários.

Metodologia:

O projeto será desenvolvido por meio de ações práticas realizadas semanalmente no Parque São Francisco de Assis, com a aplicação de diferentes terapias integrativas nos animais. As intervenções incluirão fisioterapia, acupuntura, fitoterapia laserterapia, magnetoterapia e ozonioterapia, conforme a necessidade de cada animal. Será realizado também o tratamento de malassezia com óleo ozonizado e acompanhamento microscópico das melhorias. Em parceria com o setor de entomologia, serão instaladas armadilhas biológicas para monitoramento e controle de moscas.
1. Seleção da substância atrativa: Testar substâncias naturais (suco de fruta, vinagre, etc.) para atrair moscas.
2. Preparação da armadilha: Colocar a substância atrativa em um recipiente com mecanismo de captura (armadilha de funil).
3. Localização:Colocar a armadilha em áreas onde as moscas são ativas.
4. Monitoramento: Coletar dados sobre as espécies que foram capturadas, para utilizar bioinseticidas específicos.
Todos os procedimentos serão documentados e analisados para produção bibliográfica.

Impactos na Formação Discente: O projeto proporcionará uma experiência prática valiosa para os alunos de medicina veterinária da UFLA, permitindo a aplicação dos conhecimentos adquiridos no curso em situações reais de tratamento e manejo de animais. Além disso, os alunos terão a oportunidade de atuar em um contexto interdisciplinar, trabalhando com técnicas complementares e inovadoras, o que enriquecerá sua formação e os preparará para atuar de maneira crítica e eficaz no campo da saúde animal.

Relação Ensino, Pesquisa e Extensão: A proposta integra ensino, pesquisa e extensão ao envolver alunos da graduação e pós-graduação no tratamento de animais com práticas de medicina veterinária integrativa, gerando conhecimento científico a partir das intervenções realizadas (resumos em eventos e relatos de caso). O projeto também contribui para o fortalecimento da extensão universitária ao promover o engajamento dos alunos com a comunidade local e a realização de atividades práticas que têm impacto direto no bem-estar dos animais.

Relação com a Sociedade e Impacto Social: O projeto tem um impacto social significativo, pois contribui diretamente para a saúde pública ao melhorar a qualidade de vida dos animais resgatados e aumentar as chances de adoção dos mesmos. Além disso, ao envolver os alunos da UFLA e a comunidade local, promove a conscientização sobre a importância do cuidado com os animais e a necessidade de práticas de saúde pública integradas. O projeto também fortalece a relação entre a UFLA e a comunidade, promovendo a troca de saberes e experiências.

Resultados Esperados: Os principais resultados esperados incluem a melhoria do bem-estar dos animais, com a aplicação de terapias integrativas eficazes, a produção de material bibliográfico com publicação científica sobre os resultados dos tratamentos realizados e o aumento das chances de adoção dos animais tratados e o desenvolvimento profissional dos alunos envolvidos. Espera-se também que o projeto contribua para a disseminação de práticas de medicina veterinária integrativa como alternativas viáveis no tratamento de animais.

Indicadores de Acompanhamento e Avaliação: O acompanhamento do projeto será realizado por meio da avaliação dos animais antes e após o tratamento, considerando a recuperação das condições físicas e comportamentais. Também serão analisados os impactos das publicações originadas do projeto, o número de alunos envolvidos, a efetividade das armadilhas biológicas e o controle de malassezia para avaliar a eficácia das intervenções.

Cronograma:

1.Aplicação de terapias: serão realizadas semanalmente durante a execução do projeto
2.Tratamento de malassezia será realizado de forma contínua
3.Implementação de armadilhas biológicas será realizada a partir do primeiro mês
4.Monitoramento de resultados será realizado mensalmente
5.Publicação Bibliográfica será realizada em ciclo semestral
Avaliação parcial do projeto 12 meses

Descrição Resumida: Este certificado atesta a participação no projeto de medicina veterinária integrativa para o tratamento e bem-estar dos animais do Parque São Francisco de Assis, envolvendo práticas como acupuntura, fisioterapia, fitoterapia, laserterapia, magnetoterapia e ozonioterapia

Equipe:

Alunos de Graduação:

  • JÚLIA DINIZ RABELO - Tipo: Bolsista - Bolsa Institucional - Início: Não definido. - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Docentes:

  • KHALID HADDI - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Técnicos Administrativos:

Nenhum


Alunos de Pós-Graduação:

  • IONE BORGES MEIRA - Tipo: Voluntário - Início: 01/03/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • ROCIO YANET FARRO BARBARÁN - Tipo: Voluntário - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • VINÍCIUS FROTA FERREIRA DOS SANTOS - Tipo: Voluntário - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • GABRIELLA VALLE PEREIRA - Tipo: Voluntário - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • CAROLINA DE SOUZA OLIVEIRA - Tipo: Voluntário - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • LETÍCIA DA SILVA RODRIGUES - Tipo: Voluntário - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • HOSANA ANSELMO BRITO - Tipo: Voluntário - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Outros Usuários:

  • Pedro Henrique de Castro - Início: 01/04/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Dados de Renovação do Projeto

Renovações de Projetos:


Renovações associados ao Projeto
InícioTérminoData de Solicitação pelo CoordenadorData de Aprovação pela PROEEC
Nenhuma renovação do projeto de extensão foi cadastrada

Dados do Coordenador do Projeto

Coordenador do Projeto: LUIS DAVID SOLIS MURGAS

Setor: DEPARTAMENTO DE MEDICINA VETERINARIA

E-mail Institucional: lsmurgas[em]ufla.br

E-mail Alternativo: lsmurgas[em]hotmail.com

Situação do Projeto

Situação de Aprovação: Registrado

Submetido pelo Coordenador do Projeto em: 29/04/2025 - 13:53:46

Aprovado pelo Conselho Departamental (Lavras) ou pelo Colegiado de Extensão (Paraíso) em: 01/05/2025 - 20:31:16

Aprovado pelo Colegiado de Extensão (Lavras) ou pelo Diretor da UA (Paraíso) em: Nenhuma

Histórico de Coordenação

Histórico de Coordenação:

  • LUIS DAVID SOLIS MURGAS: De 23/03/2025 em diante.

Histórico de Avaliações
Data/HoraDescrição
01/05/2025 - 20:31:16Projeto de Extensão aprovado pelo Chefe de Departamento e enviado para o Colegiado de Extensão para aprovação. (ELAINE MARIA SELES DORNELES)
19/05/2025 - 16:04:49Projeto de Extensão registrado. Número de registro: 50/2025 (SARAH LAGUNA CONCEICAO MEIRELLES)

Universidade Federal de Lavras - UFLA

SIG-UFLA - Versão 1.94.0

Créditos