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Esta página exibe os dados de um Projeto de Extensão.

Índice:

Informações de RegistroDados Gerais do Projeto de ExtensãoDados de Renovação do Projeto
Dados do Coordenador do ProjetoSituação do ProjetoHistórico de Coordenação
Histórico de Avaliações
Informações de Registro

Número de Registro: 121/2025

Dados Gerais do Projeto de Extensão

Título: "Sustentabilidade em áreas impactadas pela mineração de quartzito: Caracterização da flora dos campos rupestres na região de São

Programa de Extensão: (indefinido)

Resumo da Proposta: rojeto voltado à recuperação e conservação dos Campos Rupestres de São Thomé das Letras, impactados pela mineração de quartzito. Busca desenvolver modelos de restauração da biodiversidade vegetal, associando conservação ambiental, engajamento comunitário, turismo sustentável e educação ambiental.

Área Temática: Meio Ambiente

Instituições Parceiras:

Universidade Federal de Alfenas
Universidade Federal de Viçosa

Número Estimado de Participantes: 500

Locais de Realização: Universidade Federal de Lavras e São Tomé das Letras

Data de Início: 01/01/2025

Data de Término: 31/12/2027

Justificativa:

O projeto prevê a participação direta de aproximadamente 500 pessoas ao longo dos três anos de execução (2025–2027). Esse número inclui:
Comunidade local (cerca de 300 participantes): moradores de São Thomé das Letras e entorno, especialmente trabalhadores da mineração, operadores turísticos e estudantes da rede pública, envolvidos em oficinas, campanhas de educação ambiental, trilhas interpretativas e questionários de diagnóstico.

Estudantes de graduação e pós-graduação (cerca de 120 participantes): discentes da UFLA, UFV e UNIFAL que atuarão em atividades de campo, laboratório, análise florística, micropropagação e ações de extensão.

Docentes, técnicos e pesquisadores (cerca de 50 participantes): equipe multidisciplinar responsável por orientar, ministrar oficinas, coordenar as ações de mapeamento, inventário florístico, análises anatômicas e protocolos de restauração.

Representantes de entidades locais e movimentos sociais (cerca de 30 participantes): lideranças comunitárias, associações de turismo e organizações ambientais, integradas às estratégias de recuperação e conservação.

Justificativa:
A estimativa considera a necessidade de abrangência social ampla para garantir a efetividade das ações de conservação e restauração. A inclusão de centenas de membros da comunidade local é essencial para promover engajamento e apropriação social dos resultados, fortalecendo a educação ambiental e a conscientização coletiva. Da mesma forma, o envolvimento de estudantes e pesquisadores assegura a formação prática e acadêmica em ecologia de restauração, enquanto a participação de entidades locais reforça a dimensão participativa e integrada do projeto, fundamental para sua sustentabilidade a longo prazo.

Caracterização dos Beneficiários:

O projeto beneficiará diferentes segmentos sociais, acadêmicos e produtivos:

Comunidade local de São Thomé das Letras e entorno: moradores diretamente afetados pela mineração de quartzito, trabalhadores da mineração e do turismo, agricultores familiares e estudantes da rede pública municipal e estadual. Serão beneficiados com ações de educação ambiental, capacitação em práticas sustentáveis e oportunidades de engajamento em projetos de restauração ecológica.

Setores produtivos (mineração e turismo): trabalhadores e empreendedores locais serão envolvidos em oficinas, trilhas interpretativas e atividades de sensibilização, fortalecendo o desenvolvimento de um turismo sustentável e contribuindo para práticas produtivas menos impactantes.

Estudantes e comunidade acadêmica: discentes de graduação e pós-graduação da UFLA, UFV e UNIFAL terão participação ativa em atividades de campo, inventário florístico, análises anatômicas, micropropagação in vitro e ações extensionistas, promovendo formação prática, interdisciplinar e integrada ao território.

Docentes, pesquisadores e técnicos: equipe multidisciplinar que atuará na produção de conhecimento científico aplicado, desenvolvimento de protocolos de restauração e no acompanhamento das ações de extensão, fortalecendo a relação entre ensino, pesquisa e extensão.

Sociedade em geral: beneficiada de forma indireta por meio da conservação da biodiversidade, manutenção dos serviços ecossistêmicos (regulação hídrica, estabilidade do solo, sequestro de carbono) e valorização do patrimônio natural e cultural da região.

Objetivos:

Geral:
Elaborar e implementar estratégias de conservação e recuperação dos Campos Rupestres, promovendo sustentabilidade ambiental e social.

Específicos (resumidos):

Articular universidade, movimentos sociais e setores econômicos.

Mapear e diagnosticar a cobertura vegetal e estruturas florestais.

Realizar inventário florístico e análises anatômicas.

Desenvolver e aplicar modelos de restauração.

Desenvolver protocolos de cultura de tecidos para espécies nativas.

Engajar a comunidade em educação ambiental.

Criar atividades de interpretação ambiental (trilhas, exposições, materiais educativos).

Metas:

Formalizar parcerias locais e envolver ao menos 300 membros da comunidade.

Mapear 80% das áreas impactadas pela mineração.

Desenvolver protocolos de propagação de espécies nativas/ameaçadas.

Realizar oficinas, workshops e trilhas interpretativas.

Produzir materiais educativos e relatórios técnicos.

Fundamentação Teórica:

Os Campos Rupestres constituem ecossistemas de elevada relevância ecológica, científica e cultural, caracterizados por condições ambientais extremas, como solos pobres em nutrientes, alta radiação solar, temperaturas variáveis e baixa disponibilidade hídrica (Silveira et al., 2020). Apesar dessas limitações, tais ambientes abrigam uma das maiores taxas de endemismo da flora brasileira, com espécies que apresentam adaptações anatômicas e fisiológicas únicas, como folhas coriáceas, estruturas subterrâneas especializadas e mecanismos de tolerância à seca (Drummond et al., 2005).

A região de São Thomé das Letras (MG), situada na Serra da Mantiqueira, é reconhecida pela abundância de depósitos de quartzito (“pedra São Thomé”), cuja exploração mineral responde por grande parte da economia local. Entretanto, a mineração de quartzito provoca a remoção da cobertura vegetal, alteração da topografia, acúmulo de rejeitos e processos erosivos intensos, acarretando a fragmentação de habitats e o declínio da regeneração natural da flora nativa (Marques Neto, 2013; Silva, 2023). Além disso, estudos apontam que espécies ameaçadas de extinção encontram-se sob forte pressão, sem políticas de conservação suficientemente eficazes (Silva & Fonseca, 2015).

Outro ponto relevante é a interação entre mineração e turismo, principal alternativa econômica da região. Se por um lado a degradação ambiental compromete a paisagem natural, base da atratividade turística, por outro abre-se a possibilidade de desenvolver modelos de turismo sustentável, como a reutilização de áreas mineradas para fins de lazer, educação ambiental e ecoturismo (Parede, 2020). Assim, a conservação da vegetação nativa torna-se estratégica tanto para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos (regulação hídrica, estabilidade do solo, sequestro de carbono) quanto para a sustentabilidade socioeconômica local.

Do ponto de vista científico, a região representa uma oportunidade singular para o estudo da ecologia de restauração. Estratégias de propagação ex situ, como a micropropagação in vitro, possibilitam a preservação de espécies endêmicas e ameaçadas, criando bancos de germoplasma e fornecendo mudas de alta qualidade para projetos de revegetação (Silveira et al., 2020). Associado a isso, o uso de protocolos de restauração florestal baseados na comparação entre áreas degradadas e conservadas permite a formulação de modelos consistentes para recuperação da biodiversidade local.

A fundamentação teórica, portanto, apoia a necessidade de um projeto que integre pesquisa científica, extensão universitária e práticas de conservação participativa, envolvendo comunidade local, setores produtivos e poder público. Essa abordagem multidisciplinar e colaborativa está em consonância com as recomendações de organismos nacionais e internacionais para conservação da biodiversidade e contribui diretamente para os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS 12, 13 e 15).

Metodologia:

Mapeamento remoto e de campo;

Inventário florístico e análises anatômicas;

Desenvolvimento de planos de restauração (testes pilotos com plantio de mudas nativas);

Micropropagação in vitro de espécies endêmicas/ameaçadas;

Educação e interpretação ambiental: campanhas, materiais educativos, trilhas interpretativas e seminários.

Impactos na Formação Discente:

Envolvimento de estudantes de graduação e pós-graduação em atividades de campo, laboratório e extensão;

Formação em metodologias de restauração, propagação in vitro e análise ambiental;

Experiência direta em práticas de extensão universitária, integrando pesquisa aplicada e engajamento social.

Relação Ensino, Pesquisa e Extensão:

O projeto articula de forma indissociável o ensino, a pesquisa e a extensão.
No ensino, contribui para a formação prática de estudantes de graduação e pós-graduação por meio de atividades em campo, análises laboratoriais, oficinas e ações de educação ambiental, fortalecendo competências técnicas e socioambientais.
Na pesquisa, promove a geração de conhecimento científico sobre a flora dos Campos Rupestres, incluindo inventários florísticos, estudos anatômicos e protocolos de micropropagação de espécies nativas e ameaçadas, subsidiando estratégias de restauração ecológica.
Na extensão, estabelece vínculos diretos com a comunidade local, escolas, setores de mineração e turismo, integrando saberes acadêmicos e tradicionais para promover ações de conservação, educação ambiental e turismo sustentável.

Assim, o projeto cumpre a função social da universidade ao produzir conhecimento aplicado, formar recursos humanos qualificados e devolver à sociedade práticas inovadoras de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável.

Relação com a Sociedade e Impacto Social:

O projeto estabelece uma relação direta com a sociedade ao envolver a comunidade de São Thomé das Letras e entorno nas ações de diagnóstico, recuperação ambiental e educação. A participação de moradores, escolas públicas, trabalhadores da mineração e do turismo garante o caráter colaborativo e inclusivo, valorizando saberes locais e fortalecendo a consciência ambiental coletiva.

O impacto social se expressa na melhoria da qualidade ambiental (recuperação de áreas degradadas, preservação da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos), na promoção da cidadania ambiental (formação de comunidades mais conscientes e atuantes na conservação), e no fortalecimento do turismo sustentável, que contribui para diversificação da economia e geração de empregos verdes.

Além disso, ao capacitar estudantes e integrar pesquisa aplicada às demandas sociais, o projeto contribui para a formação de profissionais aptos a enfrentar desafios socioambientais contemporâneos. Dessa forma, o impacto se estende para além da comunidade local, oferecendo benefícios regionais e globais, alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS 8, 12, 13 e 15).

Resultados Esperados:

Caracterização da flora e estrutura da vegetação dos Campos Rupestres de São Thomé das Letras, com inventários florísticos e análises anatômicas detalhadas.

Mapeamento de áreas degradadas e conservadas, subsidiando estratégias de restauração ambiental.

Desenvolvimento de modelos de recuperação florestal com espécies nativas, incluindo protocolos de propagação in vitro de espécies endêmicas e ameaçadas.

Engajamento comunitário efetivo, com pelo menos 300 moradores envolvidos em oficinas, questionários, campanhas e atividades de educação ambiental.

Produção de materiais educativos e de divulgação científica, incluindo cartilhas, vídeos, trilhas interpretativas e exposições acessíveis à comunidade.

Fortalecimento do turismo sustentável, valorizando os recursos naturais e culturais e promovendo práticas responsáveis.

Formação acadêmica e prática de estudantes de graduação e pós-graduação em metodologias de campo, laboratório e extensão, fortalecendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão.

Publicações científicas e relatórios técnicos, garantindo a disseminação dos resultados para a comunidade científica e para a sociedade em geral.

Indicadores de Acompanhamento e Avaliação:

Parcerias e participação social: número de organizações locais envolvidas formalmente; presença de representantes comunitários em oficinas e reuniões (meta: pelo menos 10 representantes por oficina).
Engajamento comunitário: quantidade de moradores participantes de oficinas, trilhas e campanhas (meta: pelo menos 300 pessoas); taxa de satisfação da comunidade com as ações desenvolvidas (meta: pelo menos 80%).

Produção científica e técnica: inventários florísticos realizados; protocolos de propagação desenvolvidos; número de relatórios técnicos, cartilhas, vídeos e publicações científicas produzidas.

Educação e sensibilização: número de materiais educativos distribuídos; número de escolas e turmas atendidas em atividades de educação ambiental; realização de trilhas interpretativas e exposições (meta: pelo menos 5 eventos comunitários anuais).
Resultados de campo: áreas mapeadas e diagnosticadas (meta: pelo menos 80% das áreas impactadas pela mineração); número de mudas nativas propagadas e utilizadas em ações de restauração; extensão de áreas restauradas.
Formação discente: número de estudantes de graduação e pós-graduação envolvidos no projeto (meta: pelo menos 20/ano); participação em relatórios, eventos científicos e ações extensionistas.

Cronograma:

Ano 1 (Meses 1–12)

Reuniões iniciais e planejamento geral.

Definição das áreas de estudo.

Mapeamento por sensoriamento remoto.

Levantamentos de campo (vegetação e estrutura).

Início do inventário florístico e coleta de amostras anatômicas.

Seminário anual de acompanhamento.

Ano 2 (Meses 13–24)

Continuidade do inventário florístico e análises anatômicas em laboratório.

Desenvolvimento de planos de restauração.

Seleção e propagação de espécies nativas (incluindo protocolos in vitro).

Execução das primeiras ações de restauração (fase 1).

Execução das segundas ações de restauração (fase 2).

Seminário anual de acompanhamento.

Ano 3 (Meses 25–36)

Oficinas, workshops e palestras de educação ambiental.

Desenvolvimento e distribuição de material educativo e campanhas de conscientização.

Realização de trilhas interpretativas e exposições comunitárias.

Divulgação dos resultados em relatórios, materiais técnicos e eventos científicos.

Seminário final de acompanhamento e avaliação.

Descrição Resumida: O projeto desenvolve ações de recuperação e conservação dos Campos Rupestres de São Thomé das Letras, impactados pela mineração de quartzito. Inclui diagnóstico da flora, desenvolvimento de modelos de restauração, propagação de espécies nativas e atividades de educação ambiental junto à comunidade, escolas e setores produtivos, integrando ensino, pesquisa e extensão.

Equipe:

Alunos de Graduação:

Nenhum


Docentes:

  • MARINES FERREIRA PIRES LIRA - Início: 01/01/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • VANESSA CRISTINA STEIN - Início: 01/01/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo
  • MICHELE VALQUIRIA DOS REIS - Início: 01/01/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Técnicos Administrativos:

Nenhum


Alunos de Pós-Graduação:

  • MARIZETE GONÇALVES DA SILVA - Tipo: Voluntário - Início: 01/01/2025 - Término: Não definido - Vínculo: Ativo

Outros Usuários:

Nenhum

Dados de Renovação do Projeto

Renovações de Projetos:


Renovações associados ao Projeto
InícioTérminoData de Solicitação pelo CoordenadorData de Aprovação pela PROEEC
Nenhuma renovação do projeto de extensão foi cadastrada

Dados do Coordenador do Projeto

Coordenador do Projeto: MICHELE VALQUIRIA DOS REIS

Setor: DEPARTAMENTO DE AGRICULTURA

E-mail Institucional: michele.reis[em]ufla.br

E-mail Alternativo: mvreis[em]yahoo.com.br

Situação do Projeto

Situação de Aprovação: Registrado

Submetido pelo Coordenador do Projeto em: 18/08/2025 - 23:56:37

Aprovado pelo Conselho Departamental (Lavras) ou pelo Colegiado de Extensão (Paraíso) em: 09/09/2025 - 04:28:25

Aprovado pelo Colegiado de Extensão (Lavras) ou pelo Diretor da UA (Paraíso) em: Nenhuma

Histórico de Coordenação

Histórico de Coordenação:

  • MICHELE VALQUIRIA DOS REIS: De 18/08/2025 em diante.

Histórico de Avaliações
Data/HoraDescrição
09/09/2025 - 04:28:25Projeto de Extensão aprovado pelo Chefe de Departamento e enviado para o Colegiado de Extensão para aprovação. (FERNANDA CARVALHO LOPES DE MEDEIROS)
22/09/2025 - 16:54:39Projeto de Extensão registrado. Número de registro: 121/2025 (RAFAEL PERON CASTRO)

Universidade Federal de Lavras - UFLA

SIG-UFLA - Versão 1.95.10

Créditos